quarta-feira, 4 de maio de 2011

Rio: O Filme!

Dos criadores da série de sucesso A ERA DO GELO, agora chega às telas RIO, uma divertidíssima aventura sobre assumir riscos na vida. Blu é uma arara domesticada que nunca aprendeu a voar e tem uma vida tranquila e confortável ao lado de Linda, sua dona e melhor amiga, na pequena cidade de Moose Lake, Minnesota.

Blu e Linda pensam que ele é o último de sua espécie, mas quando ficam sabendo que há outra arara azul que vive no Rio de Janeiro, eles partem para a terra distante e exótica na expectativa de encontrar Jewel, uma fêmea da espécie de Blu. 



Logo depois de sua chegada, Blu e Jewel são sequestrados por um grupo de atrapalhados contrabandistas de animais. 


Com a ajuda da experiente Jewel e de um grupo de debochados e faladores pássaros da cidade, Blu consegue escapar. Agora, com seus novos amigos a seu lado, Blu precisa descobrir a coragem para aprender a voar, enganar os sequestradores que continuam em seu encalço e voltar para Linda, a melhor amiga que um pássaro já teve.





O filme RIO será exibido no Cine Vitória nos seguintes dias e horários:

Sexta-feira dia 06/05/2011 ás 20:00 hs;


Sábado dia 07/05/2011 ás  17:00 hs e 20:00 hs;


Domingo dia 08/11/2011 ás 17:00 hs e 20:00 hs.


Preço do ingresso: Inteira 10,0 e Meia 5,00.


OBS: Se ao comprar seu ingresso você disser que acessou o nosso Blog você paga apenas MEIA ENTRADA.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Antigo Cine Vitória e atualmente Cine Câmara,revitalizado e reinaugurado para levar lazer e cultura a população santabarbarense!

O antigo Cine Vitória, construção em estilo art-decó, restaurado e revitalizado, funciona desde 2007 como um espaço interativo destinado abrigar o plenário da Câmara Municipal de Santa Bárbara, além de servir também à exibição de filmes e apresentações teatrais.

Este cinema, inaugurado no dia 04 de maio de 1939, sob a denominação de Cine Teatro Santa Efigênia, era de propriedade do senhor Raimundo Augusto de Castro, apelidado Mundico de Castro, filho de Geraldino Augusto de Castro e de Dona Ana Ignácia Linhares de Castro, casado com Maria Ignácia Linhares de Castro, conhecida em toda região pelo apelido de Dona Quiquita. 



Além do cinema, a família era proprietária do Bar do Ponto, um estabelecimento imenso que reunia, além do salão de sinuca, restaurante, bar, sorveteria e confeitaria. O Bar ficava à esquerda do cinema, com uma extensão de mais ou menos 25 metros de frente para a Rua João Mota, abrangendo, também nessa extensão, a entrada de sua residência.

Tal propriedade fazia limite com a relojoaria do Sr. José Pires, um relojoeiro que consertava relógios de todos os tipos e dele podiam-se alcançar a ante-sala do cinema, que se interligavam interiormente.

Em seus primeiros anos, o Cine Teatro Santa Efigenia exibiu os maiores sucessos do cinema nacional e internacional como E o Vento Levou,Dama das CaméliasCasa BlancaMorro dos Ventos Uivantes, além das imortais comédias de Oscarito, Mazaropi e tantos outros.



 Por seu Palco, além dos artistas de Santa Bárbara, alunos do Grupo Escolar Afonso Pena, que se exibiam em magníficos bailados e peças teatrais, passaram também renomadas companhias de teatro como a de Eva Tudor e a de Procópio Ferreira.

A forma física do cinema era assim. Havia na entrada, uma porta de ferro sanfonada, em seguida, uma antessala, onde diversos cartazes de filmes a serem exibidos eram expostos, em seguida, uma porta lateral à esquerda que dava acesso a um balcão e à cabine, onde situavam duas grandes máquinas exibidoras de filmes de 35 mm. 



Do balcão, era possível ver a exibição. Os operadores eram o Sr. José Barbosa, apelidado “Cheiroso” uma pessoa simples e humilde que acumulava a função de lixeiro nas vias públicas da cidade, como funcionário da prefeitura. O lixo coletado era jogado dentro de uma carroça puxada por um burro de nome Faísca. 


A segunda máquina era operada pelo Sr. Nôca, irmão do antigo goleiro do Clube Atlético Aliado cujo nome era Henrique, que veio a perder a visão em decorrência de um acidente num jogo de futebol.

Os filmes vinham de trem de Belo Horizonte e eram depositados no antigo armazém, que hoje, restaurado, abriga a Escola de Música “Dr. Luiz Pinto Coelho”.



 Um empregado do cinema ia ao armazém para retirar os filmes, dividido em latas, cujas quantidades variavam de 02 a 10, contendo os rolos dos filmes. Junto vinha também o jornal cinematográfico, “trailer”, desenho animado, comédia de curta metragem bem como o filme anunciado e um seriado, que variava de 12 a 15 episódios. 


A pessoa assinava um recibo e começava a fazer o transporte da carga sobre os ombros, tendo que subir uma ladeira íngreme, chamada Escadinha atrás da oficina da estação ferroviária. Atualmente esta ladeira acha-se desativada. A mesma servia de atalho para alcançar a rua João Mota, por detrás da Igreja do Rosário. Daí, a pessoa ganhava facilmente o itinerário até o prédio do cinema .

Do lado de fora do cinema, formava-se uma extensa fila de pessoas para adquirirem os ingressos, que, na entrada eram entregues a Sra. Oralda. 



Sua irmã era vendedora dos ingressos. Após a entrega, os ingressos eram colocados numa urna de vidro e o espectador tinha que descer uma escada larga que tinha à esquerda um corrimão até alcançar a sala de espetáculo. 


Esta sala tinha o piso plano, ao contrario da forma atual, em declive. A sala tinha mais ou menos 250 assentos separados por três corredores, um à direita; outro, à esquerda e outro no meio. Havia, ainda, uma passarela na retaguarda, onde existia uma fileira de cadeiras, todas encostadas na parede divisória da sala de espetáculo com a cabine de projeção.

A parede da direita tinha três ou quatro janelas que, à noite, durante a projeção, permanecia aberta para possibilitar uma ventilação dentro do ambiente; e nas “matinees” ficavam abertas até o início do filme para economizar energia quando uma pessoa as fechava mediante o uso de uma vara comprida, bem como duas portas laterais que serviam de saídas para o quintal do prédio, utilizado, à noite como banheiro e “fumódromo”, pois o cinema não dispunha de “toilet”.

Aos domingos, nas seções de “matinée”, era apresentado um jornal, o trailer de um filme a ser exibido, prossivelmente, uma comedia; seja ela dos Três Patetas ou do Gordo e o Magro ou, mesmo, um desenho animado sendo completada por dois episódios de um seriado, este, em reprise da exibição do sábado anterior, sabendo-se que, aos sábados, além do seriado era exibido, também um filme de longa metragem.

Havia uma sirene que apitava três vezes, sendo a primeira vez, trinta minutos antes do espetáculo; segunda vez, 15 minutos antes e a terceira vez no momento do início do espetáculo. 



O tempo vazio da espera era alegrado por muitas músicas da época, destacando-se aqueles de Emilinha Borba, Ângela Maria, Bienvenido Granda, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, tangos de Francisco Canaro, Carlos Gardel e tantos outros. 


No momento do início da exibição, apagavam-se todas as luzes, sendo as da sala de exibição, da antessala e aquelas que se situavam em frente a rua João Mota.

A publicidade era feita através de uma distribuição de programas pela cidade e de um quadro bem visível colocado na Praça da Bandeira, hoje Praça Pio XII, onde atualmente é o Hotel Karaíba.

O Sr. Mundico de Castro faleceu prematuramente aos 48 anos, no dia 23 de abril de 1945, o que deu causa à Dona Quiquita assumir o controle do cinema. 



Sobrecarregada de responsabilidade advinda da diversificação de suas atividades comerciais, D. Quiquita se vê forçada a se desfazer do Cine-teatro e o transfere. 


Primeiro ao senhor Campelo, da Cia. Força e Luz, pois, notava-se muito a presença dele nas dependências do cinema e, posteriormente, a um tal senhor João Goulart. Ao contrário da dona Quiquita que jamais fora vista por lá; ocupava-se mais com os afazeres do bar.

Por volta do mês de março de 1949, o Cine Santa Efigênia fechou suas portas, motivando aos santa-barbarenses absterem-se de sua principal diversão. 



Mas o período de privação da diversão primordial não se prolongou por muito tempo, pois, na segunda quinzena de agosto do mesmo ano, o cinema foi reaberto com o nome fantasia de “Cine Santa Bárbara” pelos novos sócios Arlindo Magalhães e o Sr. Odilon Pereira Quite - Bite, que acumulava a função de sapateiro, juntamente com seu pai, Chico Quites. O nome real do cinema era Empresa Magalhães e Quites, Ltda.

No dia da inauguração houve um foguetório que se desenrolava desde a Rua João Mota até a Praça da Bandeira. O novo cinema, seguindo os mesmos moldes do anterior, exibia seriados aos sábados e domingos em “matinée”.



 A criançada batia os pés no assoalho, que era de madeira levantamento a poeira acumulada, que ofuscava o ambiente. Fazia-se necessária a interrupção da seção, objetivando o retorno da disciplina.

A essa altura, a coletora de ingresso não era mais a Sra. Oralda e sim, um antigo motorista de táxi, cuja alcunha era Nho-nhô e aos domingos, quando se tratava dos filmes de primeira linha, havia duas seções, uma as 18 e outra às 20 horas. Neste caso, o filme podia, ainda, ser reprisado às segundas-feiras. O operador já não era mais o lixeiro ”Cheiroso” e sim o Sr. José Broa, operador das duas máquinas, tendo em vista o Sr Nôca também ter-se desligado do cinema. Às vezes, alguém o auxiliava, porém não em caráter definitivo.

A projeção de filmes era uma tarefa a ser feita por duas pessoas, sendo cada uma em sua máquina, pelo fato de os filmes virem divididos de duas a sete partes e cada uma devia ser projetada em uma máquina alternadamente, variando o tempo, em 15 minutos, em media, cada parte. 



Enquanto um concentrava sua atenção na exibição do filme em sua máquina, o outro rebobinava a parte já exibida, adaptação da outra parte a ser exibida na máquina, ajuste da lente e adaptação dos carvões, que, no momento de suas funções, produziam uma luz forte em direção aos espelhos que, por sua vez, penetravam nos filmes e os projetavam na tela em frente à platéia.

Vale ressaltar que os filmes eram ajustados em posição inversa nas máquinas, ou seja, de cabeça para baixo, como diz a gíria. 



Os rolos de filmes continham uma miríade de quadras, que eram apresentados em movimento na tela, em conseqüência das trocas dos quadros feitos por uma peça chamada “cruz da malta”, numa velocidade de 24 quadras por segundo. 


O espectador não percebe as trocas dos quadros, porque além da rapidez, existe uma hélice que passa aos mesmos exatamente no momento das trocas. Muitas vezes percebia-se uma serie de piscadas intermitentes provocadas pela hélice. 


Quando uma parte estava chegando ao final, havia um alerta na projeção manifestado por sinais representados por uma bola, um traço e um quadro visando a atenção do outro operador para entrar com sua projeção imediatamente.


 Costumeiramente, os filmes rebentavam, ocasionando paralisação da exibição, momento em que se havia necessidade de acender as luzes da platéia. As emendas eram processadas num tempo médio de 5 minutos mediante uma cola apropriada.

Como diz o ditado: a alegria do pobre dura pouco, pois, em 1958, três pessoas se reuniram com o propósito de sugerir aos sócios do cinema, a efetivação de um novo aspecto para o mesmo, sendo elas o gerente do Banco Mercantil de Minas Gerais, o farmacêutico e um funcionário dos Correios e Telégrafos.

Tal remodelação fora orçada em CR$ 1.200.000,00(um milhão e duzentos mil Cruzeiros), importância de que os sócios não dispunham em curto prazo. 



Ficou acertado que o cinema passaria a ser uma sociedade anônima; os sócios da época ficariam como majoritários; as três pessoas assumiriam subscrição de razoável quantidade de ações e o restante seria captados através de ações a serem subscritas pela população da cidade. 


De imediato, o custo das obras seria financiado pelo Banco Mercantil de Minas Gerais. Diante do exposto, a sala de espetáculo deixou de ser plana, dando lugar a outra em declive. 
Houve mudança na antessala e na cabine com outras maquinas, que substituíram as antigas. Fora adicionado um corredor à direita para os espectadores. O Sr José Broa continuou como operador e contava com uma auxiliar.

No dia da inauguração do novo cinema, num domingo, provavelmente no começo de 1959, realizou-se a exibição de um filme com a apresentação de uma orquestra sinfônica, restrita aos antigos e novos sócios do cinema que passou, a partir daí a denominar-se Cine Santa Bárbara S.A. 



No fim de 1959 o cinema passou a denominar-se Cine Vitória, cujo nome ostenta ainda hoje após sua restauração e transformação em espaço interativo e sede do legislativo municipal.

Hoje, o antigo Cine Vitória, totalmente restaurado e revitalizado, além de ter de volta sua antiga vocação – a exibição de filmes – serve também de plenário do Legislativo Municipal com o sugestivo nome de Cine Câmara – Espaço Cultural.










Fonte: http://www.santabarbara.mg.gov.br/mat_vis.aspx?cd=6528